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Confiança do consumidor de Fortaleza cai 10% no segundo bimestre

Confiança do consumidor quanto ao futuro também caiu. Foto: Carlos Alberto Silva.

Bruno Cabral
focus@focus.jor.br

Diante dos decretos que, em março, fecharam os setores do comércio de bens, serviços e turismo no Ceará, o índice de confiança do consumidor medido pela Fecomércio-CE apresentou queda de 10,7% no segundo bimestre deste ano, em comparação com igual período de 2020, passando de 108,4 pontos para 96,8 pontos.

“Na atividade produtiva, setores que vinham buscando se ajustar e retomar buscando fôlego, voltaram a viver o quadro negativo”, diz a Fecomércio. “Em meio a todos esses fatores de deterioração econômica, a confiança do consumidor na Capital cearense vem em uma espécie de gangorra nos últimos 14 meses, em uma clara radiografia da instabilidade vivida desde o ano passado”.

“O resultado está diretamente ligado à segunda onda e ao fechamento do comércio e de muitas atividades econômicas”, diz Luís José Souza, economista e diretor da Fecomércio-CE.

Expectativas
De acordo com o levantamento, a expectativa do consumidor em relação ao futuro também mostra declínio na evolução dos últimos 14 meses. O momento de melhor perspectiva nessa série foi registrado nos meses de julho e agosto de 2020, quando o indicador marcava 123,6 pontos.

“Esse resultado indica que, aberta a economia, voltando a atividade econômica, o consumidor rapidamente volta a ter confiança e começa novamente a consumir”, diz Luís José Souza.

Os dados são do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC) da Fecomércio-CE. De acordo com a entidade, “fatores como a espera para a retomada do auxílio emergencial, ampliando o contingente da população vulnerável, pressão sobre os preços e maior taxa de desemprego, bem como um novo lockdown, determinam a perda de renda, sem perspectivas imediatas de melhora.”

Situação financeira das famílias
Para a maioria das famílias fortalezenses (52,7%), a situação está ruim, enquanto outros 9,0% consideram péssima. Em contraponto, 37,4% avaliam a situação atual como boa e só 0,9% diz estar ótima.

Em meio a um cenário de incertezas, as expectativas para o ano de 2021 e também para os próximos cinco anos, 43,3% dos consumidores de Fortaleza enxergam uma situação econômica ruim e 11,3% entendem que será péssima. Por outro lado, outros 41,2% acreditam que será boa e 4,1% acreditam em uma perspectiva ótima.

Produtos mais desejados
Na lista de produtos desejados pelos fortalezenses que têm intenção de adquirir algum produto em março e abril, o segmento de “Vestuário” foi o que apareceu em maior destaque, com 30,3% das intenções de compra. Em seguida aparecem Celular/Smartphones (26,8%), Calçados (16,5%) e Televisão (13,3%). Itens com maior valor agregado figuram com menor propensão à aquisição no bimestre.

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