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Com uma rosa na mão, Ciro defende mudar modelo que nasceu com FHC, passou por Lula-Dilma e prevalece com Bolsonaro

Ciro Gomes, João Santana e Carlos Lupi. O trio se encontrou em Salvador e o acerto foi fechado para que o publicitário baiano passe a cuidar da comunicação do PDT e, consequentemente, de Ciro Gomes.

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

Dois publicitários baianos marcaram época no marketing político brasileiro: Duda Mendonça e João Santana. São amigos. O segundo trabalhou com o primeiro. Tanto um quanto o outro tiveram papeis marcantes nas campanhas que elegeram e reelegeram Lula e Dilma para a Presidência da República.

Talvez pelas circunstâncias que cercavam seus clientes, Duda era mais paz e amor. Gostava de vender seu produto sem criticar o concorrente. Santana, oriundo do jornalismo, é conhecido pelo tom mais agressivo. Claro que uma postura ou outra sempre dependem do cliente e do momento.

Os dois passaram pelo inferno das investigações e escândalos que atingiram em cheio o petismo. Muitos apostaram que jamais voltariam a atuar no complexo e delicado palco da política. Porém, Santana, em entrevista ao Roda Vida em outubro de 2020, já mostrava que estava a preparar a sua rentrée.

Na conversa com os jornalistas, sinalizou para Ciro Gomes idealizando uma chapa em que o pedetista seria o cabeça e Lula o vice. Para ele, uma chapa imbatível. João Santana não é do tipo que diz esse tipo de coisa à toa. Pareceu ali que estava se vendendo para ninguém mais, ninguém menos que o próprio Ciro. Não deu outra.

Na semana passada, o PDT anunciou que João Santana havia sido contratado como o marqueteiro do partido. Na prática, como marqueteiro da campanha presidencial de Ciro Gomes. Não demorou muito e o Brasil conheceu a primeira peça publicitária cunhada pelo baiano.

O João Santana que, sem dó nem piedade, demoliu Marina Silva em 2014, aparece agora buscando construir um Ciro Gomes afável, com rosa vermelha na mão, falando para desassistidos e inconformados e os “40 milhões que foram jogados cruelmente na informalidade”. Ao fim de um comercial curto dirigido às redes sociais, Ciro promete fazer florescer um Brasil de pleno emprego.

Poucos dias depois, o efeito João Santana produziu a segunda peça publicitária de Ciro. No vídeo,o pedetista pede “paciência” às pessoas “para escutar coisas que não está acostumado a ouvir”. No caso, a o ponto de vista já bem usual defendido por Ciro de que “os graves problemas econômicos e sociais que a gente vive hoje são causados por um mesmo modelo econômico que começou lá no governo de Fernando Henrique Cardoso, passou por Lula, por Dilma e chegou ao ápice no famigerado governo de Jair Bolsonaro”.

E continua: “Não adianta trocar Zé por Chico ou Zélia por Maria. É preciso alguém que mude esse modelo”. Veja abaixo.

Veja o primeiro vídeo de Ciro Gomes

 

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