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Com fábricas no Ceará, Aeris quer levantar IPO de R$ 1,5 bilhão

Fábrica da Aeris no Pecém. Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Com duas unidades no Ceará, a Aeris, maior fabricante de pás eólicas do Brasil, quer levantar IPO de R$ 1,5 bilhão. O pedido foi solicitado a quatro bancos. A informação é do site Brazil Journal.

Os agentes seriam a XP, Morgan Stanley, Santander e o BTG Pactual – coordenador líder do negócio. A expectativa é que a transação ocorra até o fim de outubro. Segundo o periódico, a oferta primária e majoritária será na casa de R$ 900 milhões.

Atualmente a Aeris tem duas unidades no Ceará, ambas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). Uma delas foi comprada da Wobben Windpower, em meados de junho.

A escolha pelo Ceará, especificamente o Pecém, para as unidades foi mais que fiscal. “A região concentra mais de 50% do total potencial eólico brasileiro. Este fato é importante quando se considera o tamanho continental do Brasil e os desafios logísticos para o transporte das pás eólicas”, destaca.

A reportagem relata que, fundada em 2010, a Aeris produz pás eólicas as “vende para os principais fabricantes de geradores eólicos do mundo: a General Eletric, a WEG, a alemã Nordex Acciona e a dinamarquesa Vestas. (No ano passado, 70% da produção foi exportada.)”

Relata ainda que a Aeris deve faturar R$ 2,2 bilhões este ano, com um EBITDA de R$ 280 milhões. “Os recursos do IPO vão permitir que a empresa dobre de tamanho até 2023, chegando a uma receita de R$ 5 bi. A Aeris já tem um backlog de mais de 10 mil pás eólicas para serem entregues nos próximos três anos — equivalente a tudo o que a empresa produziu desde que foi fundada — mas precisa de capital para arcar com o capex”.

Segundo o Brazil Jornal, a Aeris nasceu quando quatro engenheiros elétricos deixaram a Embraer com a ideia de criar uma fabricante nacional de pás eólicas líder de mercado. Para tirar a ideia do papel, procuraram [Alexandre] Negrão, que investiu R$ 100 milhões ao longo dos três primeiros anos. Hoje, a família Negrão tem 85% do capital, e o restante está dividido entre os oito principais executivos (entre eles, os quatro fundadores).

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