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Com aliança Ciro-Tasso em 2022, como ficam Camilo e RC?

Camilo e RC ouvem atentos Tasso em evento que inaugurou a última expansão do Iguatemi. A conversa de 2022 para pelo trio, mas só há duas vagas para a disputa majoritária.

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

É próximo a zero a chance de sair duas candidaturas presidenciais do Ceará. Mais especificamente, as candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB). A melhor aposta é a seguinte: um apoia o outro. Ocorrendo assim, haverá intensas repercussões na política do Ceará. Motivo: a (re)aliança colocará em andamento a negociação política envolvendo as disputas de governador do Ceará e a única vaga de senador que entrará em jogo em 2022. Vaga esta ocupada hoje por Tasso.

Caso Tasso não seja candidato a presidente (por óbvio, suas chances de concretizar-se como candidato são bem menores que as de Ciro), para onde irá o tucano? Aí é que mora a questão. O apoio nacional de Tasso a Ciro vale ouro. O senador tem credibilidade. Sua voz é ouvida e sua trajetória lhe deu poder de articulação junto a quadros políticos e técnicos nacionais cujo o apoio seria muito importante para Ciro.

Mas, e se nessa negociação Tasso trabalhar a candidatura à reeleição de senador pelo Ceará? Pois é. Tem o dilema Camilo no meio desse caminho. É da ordem natural da política que o governador busque ser candidato a senador. Aí teríamos uma grande colisão. Só não se sabe ao certo quais as consequências.

É importante lembrar que haverá somente duas vagas majoritárias em disputa: governador e senador. No entanto, teremos, por baixo, os potenciais nomes de Camilo (para o Senado), Tasso e o ex-prefeito Roberto Cláudio. Vai ser preciso acomoda-los. Não será fácil e a colisão pode até gerar rupturas.

Nessas horas, nos vem à mente o melhor dos personagens de Eça de Queiroz em “O primo Basílio”. No caso, o Conselheiro Acácio, cuja fala é marcada pelo pedantismo vazio. Proferia frases supostamente profundas, porém dotadas de uma obviedade que as tornavam deliciosas. “As consequências vêm depois”, dizia o Conselheiro.

 

 

 

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