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Clima quente na OAB-CE

Equipe Focus
focus@focus.jor.br
Passados pouco mais de quatro meses de gestão, o clima interno dentro da nova sede da OABCE não anda nada fácil. Neste final de semana, o presidente da entidade, Erinaldo Dantas, determinou que retirassem as placas do auditório da sede com o nome da Escola Superior da Advocacia (ESA), que funciona no primeiro pavimento do prédio. O ato foi visto como um ataque à direção da ESA, presidida pelo advogado Andrei Aguiar, e um sinal claro de desentendimento entre o grupo de Erinaldo e o grupo ligado ao ex-presidente Marcelo Mota.
O auditório da instituição, no térreo do prédio, está sob a responsabilidade da ESA desde que a Escola se mudou para nova sede, ainda antes das eleições em novembro. O projeto arquitetônico do novo prédio integrou o auditório à ESA, mantendo a estrutura que já havia no antigo imóvel, que foi vendido para a construção da nova sede da OABCE e ficava localizado na Pontes Vieira esquina com Virgílio Távora. De lá para cá, toda a programação era coordenada pela Escola, que é responsável pela política de formação da Ordem. A situação mudou no mês de abril. Cerca de 15 dias atrás, houve uma determinação de Dantas para que a agenda do auditório ficasse sendo coordenada pela própria presidência e não mais pela Escola. A decisão foi questionada em reunião da Diretoria e chegou-se ao consenso de que a agenda ficaria sendo compartilhada entre a Secretaria Geral e a ESA.
Neste final de semana, quando se acreditava superado o incidente, por nova determinação da presidência, foi retirada a placa com o nome da ESA da porta do auditório e colocada nova placa somente com o nome da OAB. Segundo advogados que transitam no ambiente político da Ordem, não se trata de uma placa simplesmente, mas do ato simbólico de retirar o nome da ESA diante do que se está vivendo. O fato é que aparenta ser um ato de claro de colisão.
A discussão põe fogo na disputa interna na entidade. O clima manteve-se tranquilo apenas na eleição e nos primeiros meses de 2019. Os grupos de Erinaldo Dantas e Marcelo Mota uniram-se depois que Mota anunciou que não mais seria candidato. Dantas, então presidente da CAACE, foi candidato a presidente, enquanto que o grupo de Marcelo ocupou cargos estratégicos como ESACE, CAACE, Tesouraria e dois dos três assentos no Conselho Federal da OAB. Após a posse, as divergências começaram a aparecer e ganharam ainda mais força na escolha dos indicados para as comissões estadual e nacional.
Os bastidores apontam que houve uma clara tentativa da presidência de bancar apenas os nomes mais próximos a eles, em detrimento dos acordos firmados.

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