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Clareando a pesquisa Ibope na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, por Fábio Campos

A pesquisa do Ibope manda alguns recados importantes para a semana inicial da campanha aberta no horário eleitoral no rádio e televisão. O primeiro deles é o seguinte: uma pesquisa interna do PDT que Focus teve acesso ainda na fase da pré-campanha dizia que o “candidato apoiado pelo prefeito Roberto Cláudio”, qualquer que fosse ele, já agregava perto de 20 pontos percentuais de intenção de voto.

Caso a pesquisa Ibope tenha coletado a real intenção momentânea dos eleitores, parece que RC já, de largada, transferiu um imenso contingente de eleitores a declarar apoio ao presidente da Assembleia. É alentador para um candidato pouco conhecido, que nunca havia disputado uma eleição majoritária, afastado da campanha pela Covid, aparecer com 16% nos primeiros dias da disputa.

Segundo ponto: Luizianne Lins (PT) atrai para si, com imensa facilidade, o eleitorado de esquerda, que em Fortaleza é quase sempre de fileiras largas. É muito provável que a ex-prefeita ainda consiga, ao fim da campanha, o voto útil. Ou seja, os quase 4% que hoje declaram votar em Roseno (Psol), com 3%, e Anízio (PCdoB), menos de 1%, tendem a migrar para a petista exatamente na hora da onça matar a sede.

A tarefa maior da ex-prefeita é diminuir seu índice de rejeição (36%). Nesse ponto, o Capitão Wagner (33%) se saiu apenas um pouco menos ruim que a petista, mas dentro da margem de erro. Melhor para Sarto (17%) também nesse ponto. Como é usual, candidato pouco conhecido costuma ter pouca rejeição.

Surpreendente são os 4% dedicados ao deputado federal Célio Studart (PV). Defensor dos gatinhos e cachorrinhos oprimidos e outros nem tanto (pelo visto, há pessoas que se compadecem mais dos quadrúpedes do que de certos bípedes), o parlamentar aparece praticamente igual a Heitor Férrer (SD), com 6%, veterano das disputas majoritárias.

O eleitor pesquisado pelo Ibope não foi para o Capitão tão generoso quanto o comando de sua campanha esperava. Um empate técnico com Luizianne não foi um bom sinal para quem apostava em uma liderança folgada, passando da casa dos 30%. Pior ainda quando se sabe que os eleitores de Sarto e Luizianne tendem, em maior parte, a se abraçar no 2º turno caso o Capitão seja o concorrente de um ou de outro.

Ainda pesa a favor de Sarto a avaliação positiva da gestão de Roberto Cláudio. Quase 50% de ótimo e bom torna tudo muito complicado para os opositores do prefeito. Somente 14% o avaliam como ruim/péssimo. Há aí 35% de eleitores flutuantes que avaliam o gestor como regular. Já é clássico: durante a campanha, o gestor bem avaliado melhora ainda mais a popularidade sua e e da gestão.

De chamar a atenção é a imensa aprovação de Camilo Santana na Capital. 56% de ótimo/bom é motivo para o governador pedir delivery de champanhe e lagosta (não caia na tentação, governador. Seus médicos reprovariam no momento). Não é à toa que Luizianne usa a imagem do de Camilo que carrega ficha de filiação ao petismo.

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