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Os factoides típicos de campanha eleitoral estão dando o tom da disputa presidencial. Ciro Gomes chama Sérgio Moro para debater, que recusa e chama Lula para o duelo verbal. Atentem que o ex-juiz da Lava Jato está no centro dos embates, inclusive virando alvo do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que Moro não aguentaria dez segundos de debate.
Nesta sexta-feira, 14, Moro afirmou que toparia debater com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “a qualquer hora” desde que o tema fosse o mensalão e o petrolão. Pura provocação, mas que toca no que pode ser o calcanhar de Aquiles do lulo-petismo.
A declaração foi fruto de um embate paralelo. No caso, o dos advogados que compõem um grupo denominado Prerrogativas, que combateram a Lava Jato, contra Moro. O ex-juiz foi provocado a debater a reforma do Judiciário por integrantes do grupo, apelidado por Moro de “advogados pela impunidade”.
“Vejo que o clube dos advogados pela impunidade quer debater. Desculpem, mas este é um clube do qual não quero participar. Mas debato com o chefe de vocês, o Lula, a qualquer hora, sobre o mensalão e o petrolão”, escreveu o pré-candidato em suas redes sociais.
Em dezembro passado, o Prerrogativas organizou o jantar entre Lula e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que se encontraram pela primeira vez em público após correr a notícia acerca da formação de uma possível chapa para a disputa presidencial.
Quanto ao desafio de Ciro, o ex-juiz declarou que só topa o encontro para o debate se o pedetista mudar a postura “ofensiva e agressiva”. Em live no canal do YouTube, Ciro respondeu o comentário: “Ele não quer debater comigo porque eu vou dizer que ele é um corrupto”.
Líder isolado nas pesquisas, Lula permanece calado.