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Coco Bambu aposta no delivery, segura empregos e mantém reserva financeira para lojas

Afrânio Barreira
Empresário Afrânio Barreira, fundador da rede Coco Bambu /Foto: Divulgação

Átila Varela
atila@focus.jor.br

Por conta dos decretos de alguns Estados (incluindo o Ceará) determinando o fechamento de bares e restaurantes, o segmento teve de se reinventar para não ter prejuízos. Um deles é o cearense Coco Bambu. A empresa, com mais de 40 operações espalhadas pelo País, segue investindo no delivery. “Mais que dobrou o número de pedidos”, afirma o empresário Afrânio Barreira.

Na esteira de estratégias para evitar demissões massivas, ele explica que os funcionários foram divididos em três grupos. “Muitos colaboradores estão atuando ativamente no delivery. Depois, colocamos um grupo de férias, pois eles não iriam trabalhar no serviço. Por fim, interrompemos alguns contratos. Mas os funcionários receberão tanto da empresa quanto do Governo”, ressaltou.

Mesmo assim, reduziu uma pequena fração dos colaboradores. “Algumas pessoas que entraram recentemente foram dispensadas. Mas garanto: dependemos muito da mão de obra. Para nós, é muito rica, já que investimos em treinamentos e qualificações”, ressalta o empresário. O Coco Bambu, inclusive, possui um centro de qualificação em São Paulo onde profissionais contratados pela empresa seguem para aprender técnicas, além da própria dinâmica da companhia.

Para evitar o fechamento das unidades em uma eventual situação de calamidade, Afrânio explica que adotou a estratégia de se antecipar à crise. “Sempre fui conservador. Temos uma reserva relativamente boa. Ela está vinculada ao faturamento bruto de cada unidade. Isso nos dá tranquilidade para passarmos por esse período sem percalços”, pontua.

A atuação do delivery também trará fôlego às operações espalhadas no País. “A maioria das lojas têm caixa para queimar. A operação vai se pagar em algumas delas e até dar lucro por conta do delivery”, avalia.

Protocolo para os restaurantes
O empresário questiona os decretos dos Estados sobre o fechamento de bares e restaurantes. Ele teme a falência dos pequenos e a redução dos empregos.

“Muita gente vai sair do mercado. Os governantes deviam pensar em regras, protocolos. Se eu tenho uma casa com 100 lugares, seria interessante ter mesas apenas para 30. O garçom usaria luva, máscara e o local teria pia para lavar as mãos na entrada além de álcool em gel. Colocar uma distância mínima entre as mesas. Não se pode simplesmente fechar o comércio”, pontua. “A grande maioria, sem dúvidas, vai colocar muitos trabalhadores na rua. É um desastre”, alerta.

Loja no Iguatemi
A projeção de inauguração da operação do Shopping Iguatemi, prevista para maio, obviamente será postergada. Mas nada será desfeito. “Todas as compras de equipamentos estão mantidas. O dinheiro para execução já está alocado. Se perdermos dois meses, a inauguração ocorrerá em julho. Tudo segue mantido”, finaliza.

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