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Ceará tem 11,5 GW em projetos de energia eólica offshore em análise no Ibama

Eólicas no mar
Eólicas no mar. Foto: Florian Picher/Pixabay

Átila Varela
atila@focus.jor.br

A liberação para construção e operação de projetos de geração de energia offshore (no mar), assinada via decreto na noite do dia 25 pelo presidente Jair Bolsonaro, pode acelerar a implantação das usinas no Ceará.

Ao todo, existem 11,5 GW em projetos de energia eólica offshore em análise no Ibama.

“Considerando que dos cerca de 11,5 GW de projetos em análise no Ibama tenhamos 5 GW implantados, a um valor de US$ 2 bilhões/GW, isso significa um investimento de US$ 10 bilhões, num horizonte de aproximadamente 8 anos”, explica o diretor de Geração Centralizada do Sindicato das Indústrias de Energia do Ceará (Sindienergia-CE), Luiz Eduardo Moraes.

O Ceará, segundo o especialista, será um dos maiores beneficiados com a medida.

“O Ceará, sozinho, numa faixa marítima até 45 km da costa avaliada pelo Atlas Eólico e Solar do Estado, conta com 117 GW de potência, em profundidade de até 50 metros, sendo o maior potencial entre 20 e 30 metros, excepcional para uma eólica offshore. A grandeza deste dado pode ser medida com o atual volume implantado de energia eólica em todo o Estado, que é algo em torno de 2,5 GW”, explica.

Moraes cita os potenciais de cerca de 370 GW do Nordeste e os cerca de 620 GW do Brasil. Ganha mais fôlego ainda com o Hub de Hidrogênio Verde em formação no Ceará, já com 14 protocolos assinados e outros cinco em negociação.

“É muita energia. Aqui, a gente vai ter essa condição do hub e vai precisar de energia, é fato. Além disso, não tem como as metas de carbono zero serem atingidas no mundo sem a ajuda da energia eólica offshore”, completa.

Projetos
Existem atualmente seis projetos de energia eólica offshore no Ceará em licenciamento no Ibama. Juntos eles representam 11.492 MW. São eles: Camocim (1.200 MW), Asa Branca (400 MW), Jangada (3.000 MW), Caucaia (576 MW), Dragão do Mar (1.216 MW), Alpha Winf (5.100 MW).

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