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Caso dos alvarás mostra o divórcio entre bases empresariais e suas entidades representativas

Auditório da Câmara lotado de empresários: divórcio de ação com entidades

Por Edvaldo Araújo
edvaldo@focus.jor.br
No que diz respeito ao aumento e anualidade das taxas dos alvarás de Fortaleza, o silêncio das entidades representativas do setor produtivo do Ceará é o ponto fora da curva. Na audiência desta quarta-feira, 4, na Câmara Municipal, nenhum representante apresentou-se para repassar aos presentes as posições oficiais das entidades. E puderam perceber que o acordo com o Executivo, anunciado há menos de um mês, está longe de representar a realidade do setor produtivo da cidade.
Parece haver um divórcio entre a ação do comando das entidades, sempre muito amistosas com os governantes, e o desejo das bases empresariais. Logo que o movimento contrário ao aumento surgiu, no início do ano, ouviu-se da Fecomércio, Fiec e CDL palavras no sentido de apoio à reivindicação dos empresários.
Naquele momento, a palavra-de-ordem era que o Poder Público se sensibilizaria e voltaria atrás. Tudo parecia caminhar para este desfecho, com conversas realizadas com os secretários municipais. Em 14 de junho, anunciou-se um cessar-fogo com a Prefeitura. Um decreto do Poder Executivo modificaria padrões e baixaria o valor máximo das taxas.
No entanto, os termos do armistício não convenceram e o movimento continuou. Uma reunião no dia 25 de junho, na Faculdade de Direito da UFC, reacendeu a movimentação. Na quarta-feira, 27, uma manifestação na Câmara deu novo ânimo. Porém, a notícia de que a presença de um artigo no Código da Cidade isentando os pequenos empresários do pagamento havia provocado a retirado do projeto por parte da liderança do governo foi a gasolina que faltava.
Nestes três episódios, assim como na audiência pública nesta quarta-feira, o silêncio das entidades foi notório, destoante das exaltadas manifestações dos sindicatos que compõem a base das federações.
Como já é clássico, na política, não existe vácuo.
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