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Bebida nos estádios gera "disputa" entre ex-presidentes do Fortaleza e Ceará


Equipe Focus
focus@focus.jor.br
No ano do centenário do Clássico-Rei, as “disputas” entre os dirigentes dos dois clubes deixaram a arena do futebol e chegam à política. Desta vez, o pivô do “confronto” é a possibilidade de comercialização e consumo de bebidas alcoólicas em estádios cearenses, projeto que está sendo discutido na Assembleia Legislativa.
O ex-presidente do Fortaleza, senador Eduardo Girão (PODE), subiu à tribuna do Senado para “atacar” a proposta apresentada e “defendida” pelo ex-presidente do Ceará, deputado Evandro Leitão (PDT).
O projeto de lei n° 85/2019 já tramitou em diversas comissões da Assembleia e pode ir a votação ainda esta semana.
Eduardo Girão classificou a aprovação do projeto como um enorme retrocesso. A principal justificativa do parlamentar é que o consumo de álcool nos estádios coloca em risco a paz entre os torcedores. Para o senador, a decisão da AL-CE de rediscutir o assunto seria uma violação ao artigo 24 da Constituição Federal que determina como “competência exclusiva da União legislar sobre a matéria ‘desporto’ “.
“No Estado de Pernambuco, o número de ocorrências caiu de 1.643 em 2005 para 112 em 2010, com a lei estadual de 2007 que vetou o álcool nos estádios. Em Minas Gerais, após a proibição, os eventos violentos foram reduzidos em 45%, ou seja, quase a metade. E infelizmente, nesses dois Estados, e apesar dos bons números, inexplicavelmente, o consumo voltou a ser liberado”, discursou Girão na tribuna do Plenário do Senado Federal.
O ex-presidente do Ceará, Evandro Leitão, contra-ataca. “Eu tenho convicção de que nossos pares irão aprovar, tendo em vista que esse projeto não tem ligação direta com a questão da violência”, afirma o autor do projeto.
Evandro crê que a venda de bebidas dentro das praças esportivas, além de proporcionar maior rentabilidade aos clubes, vai evitar problemas corriqueiros no acesso ao estádio. “As pessoas ficam bebendo do lado de fora e aguardando para entrar cinco, dez minutos antes do jogo, e isso causa diversos transtornos”, alega, antes de defender que a venda e o consumo serão feitos “com parâmetros e regramento”.
Veja a declaração de Eduardo Girão:

 
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