Equipe Focus
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A Azul comunicou que irá vender sua participação acionária na TAP ao governo português. A decisão foi comunicada ao mercado na manhã de hoje, 3.
Nesse sentido, a participação indireta da brasileira na aérea portuguesa, de 6%, passará para o Estado. Este desembolsará R$ 65 milhões.
“Além disso, todas as demais condições contratuais dos bônus seniores serão mantidas, incluindo o status de credor sênior, taxa de juros anual de 7,5% e o direito à constituição das garantias previstas
nos respetivos termos e condições, como o programa de fidelidade da TAP”, destacou a empresa em nota.
Segundo a Azul, o alor de face mais juros acumulados do título é de aproximadamente R$680 milhões. A transação permanece sujeita às aprovações corporativas exigidas pela Azul, inclusive dos acionistas em assembleia geral extraordinária.
“Como muitas outras companhias aéreas em todo o mundo, a TAP foi severamente impactada pela crise da
pandemia de COVID-19. Com a ajuda fornecida pelo governo português, seremos capazes de garantir a continuação da TAP, e também manter a integridade de nosso investimento”, disse John Rodgerson, CEO da
Azul.
O acordo
Após uma série de reuniões que varou a madrugada de ontem, 2, o Estado assume 72,5% do capital da aérea portuguesa. Os outros 22,5% ficarão com Humberto Pedrosa, do Grupo Barraqueiro. Os 5% ficarão com os trabalhadores – que também são acionistas da companhia.
O empresário brasilo-americano David Neeleman abril mão da participação da aérea portuguesa. Ele integrava com Pedrosa o o consórcio Atlantic Gateway. Nesse sentido, 85% da participação que Neeleman tinha será transferida para o português.
Para fazer com que a TAP não quebre, o Governo pretende injetar 1,2 bilhão de euros. Primeiro, seriam liberados 250 milhões de euros. O recurso permitirá pagar salários dos funcionários e quitar dívidas com os fornecedores.