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Audiência nas redes sociais mostra que PDT acertou ao dar dimensão pública às “primárias” da sigla

As “primárias” do PDT de Fortaleza. Imagem do 1º debate público entre os pré-candidatos. A live foi coordenada pela vice-governadora Izolda Cela.

A audiência do primeiro debate público para a escolha do candidato do PDT em Fortaleza mostra que a inovação do partido foi uma boa ideia. Por vários motivos. Entre os quais, a percepção de que as redes sociais são os campos de batalha a ocupar.

Com o modelo, o partido passa ao público a ideia de democracia interna, algo sempre muito distante da formação caciquista e personalista de nossa política e, portanto, de nossos partidos, com raras exceções. Certamente, a obrigatoriedade de manter distância social ajudou a empurrar o partido para a adoção desse modelo.

As redes sociais do prefeito Roberto Cláudio, do senador Cid Gomes e do ex-governador Ciro Gomes, além das redes dos próprios pré-candidatos, transmitiram o “debate”. Por isso, a significativa audiência. Na soma, centenas de milhares de seguidores. Há ainda outro aspecto: o vídeo permanece no ar e poderá ser vistos ao longo dos dias seguintes.

Outro fator: simpatizantes, cabos eleitorais, amigos e torcedores de cada candidato usaram o espaço de comentários para manifestar suas preferências. Nesse ponto, chamou a atenção a militância na área de educação ligada ao deputado federal Idilvan Alencar, que tomou conta majoritariamente dos comentários. Pode funcionar a favor, mas pode ser visto como um lobby agressivo diante das relações amigáveis que todos os pré-candidatos mantêm entre si.

Que fique claro: o PDT tem comando político muito bem definido e com larga experiência em mexer suas peças moldando sua estratégia de acordo com a dinâmica do processo político. Os debates internos têm sim seu papel, mas a decisão sobre a escolha levará em conta diversos outros aspectos. Entre os quais, as pesquisas qualitativas que indicam o perfil mais adequado para a disputa. Quereres pessoais e afinidades eletivas na relação de cada um com o comando também são decisivos.

O termo “primárias” é apenas uma caracterização generosa do modelo. Não haverá eleição interna com a disputa dos votos dos delegados ou filiados do partido.

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