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As duras palavras de Tasso a Ernesto Araújo no Senado

Senador Tasso Jereissati. Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Convidado para falar ao Senado sobre a situação externa para compra de vacinas no Senado, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi duramente criticado por parlamentares.

Na vez do senador Tasso Jereissati, o tucano proferiu uma série de “realidades” a Araújo, um intrínseco defensor do bolsonarismo e defensor da família Bolsonaro.

“Queria dizer uma coisa muito simples e objetiva como o ministro gosta: ministro, o senhor não tem mais condições de continuar no Ministério de Relações Exteriores. Ao contrário do que alguns pensam, não é para criar um atrito. É para acabar com a crise. Crise são 2.500, às vezes, 3.000 mortos por dia”, disparou Tasso sobre o número de pessoas vitimadas por dia pela COVID-19 no Brasil.

O tucano ainda endossou o discurso dos senadores de que sua situação é insustentável. “Eu não quero ser repetitivo. Tudo já está dito”.

Ainda lembrou de uma frase do ministro sobre o Brasil se tornar um párea internacional na parte das relações exteriores. “Nós somos um párea internacional. E sua conduta tem tudo a ver com isso ou quase tudo. O mais grave é o seguinte: fatos são fatos. Não somos 80 imbecis (referência ao total de senadores). Sabemos da sua hostilidade contra o governo chinês. O Brasil inteiro viu ou somos um bando de idiotas que não sabemos das coisas”, completou.

Tasso pinçou declarações de Araújo acerca da eleição nos EUA vencida por Joe Biden. “Quando Vossa Excelência se manifestou contra o presidente Biden, ao ponto de um determinado momento quando o Capitólio foi invadido,  fez citações do Império Romano, o senhor disse: ‘a população americana se sente traída e agredida com a eleição’. Não é possível que o presidente americano, claro que são profissionais e não podem se deixar envolver pela passagem de um ministro ou presidente no meio da história, mas pessoalmente dificulta muito qualquer negociação em função da posição que Vossa Excelência e do presidente da República”, reforçou.

O senador lembrou que China e Estados Unidos são dois produtores de vacinas e insumos para fabricação de imunizantes. E ressaltou: “São os dois países que o Brasil mais precisa desesperadamente. E não é contrato para daqui a dois ou três meses. Claro que temos que pensar a longo prazo, mas hoje estão morrendo 2.500, 3.000 pessoas ou quem sabe mais. São famílias despedaçadas. Precisamos para agora e é preciso um grau de boa vontade e bom ambiente para que o nosso ministro de Relações Exteriores tenha junto a esses países produtores. Não existe depois de amanhã ou o final do ano. Precisamos hoje”, ressaltou.

Na sequência, chamou Araújo de “dificultador” da relação. “Aqui faço um apelo. Renuncie a esse ministério. Você pode ser um grande diplomata, mas não é o seu momento. Esse momento seu é ruim para o País. Ministro, pelos brasileiros, renuncie a esse ministério”.

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