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Apuração no STF se aproxima da cadeia de comando dos atos radicais

Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

A investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro começa a fechar o cerco em torno da cadeia de comando do atos. Em conversas reservadas, ministros dizem que já há elementos para pedir a quebra dos sigilos do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos ex-ministros generais Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Braga Netto (vice na chapa presidencial e ex-chefe da Defesa). Até agora, 740 pessoas que invadiram as sedes dos três Poderes estão presas.

São três os fatos que justificariam a quebra dos sigilos. A minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres; a declaração do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, à radio CBN de que o documento circulou nas mãos de várias pessoas; e, por fim, a declaração do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que contou ter participado de uma reunião com Bolsonaro e o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), na qual se elaborou um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Do encontro, segundo a revista Veja, teriam participado dois generais.

Ministros do Supremo que conversaram com o jornal O Estado de S. Paulo dizem que é preciso investigar Heleno pelo fato de ele ter comandado o GSI no governo Bolsonaro.

Candidato a vice na chapa de Bolsonaro, Braga Netto entra na mira por ter afirmado a apoiadores do presidente após a derrota na eleição que não perdessem a fé. “Não percam a fé, é só o que eu posso falar agora”, afirmou.

Os dois negam envolvimento em tentativas de golpe.

Intimação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, que conduz a investigação sobre a tentativa de anular o resultado da eleição, já autorizou a intimação do senador Marcos do Val.

Entre ministros do Supremo, as declarações do senador reforçam as suspeitas de que está em curso uma “operação de cobertura” para tentar minimizar as conversas sobre um golpe para impedir a posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu as eleições de 2022.

A expectativa é de que o ex-ministro Anderson Torres rompa o silêncio sobre o assunto, uma vez que é o único da “cadeia de comando” preso até o momento.

Agência Estado

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