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Abrasel Ceará fala em 9 mil demissões e cobra diálogo com Camilo

Restaurante. Foto: Peter H por Pixabay
Restaurante. Foto: Peter H por Pixabay

Átila Varela
atila@focus.jor.br

Uma semana após o decreto estadual que fechou temporariamente bares, restaurantes e similares de maneira temporária para conter o avanço do coronavírus, a Abrasel Ceará cobra do governador Camilo Santana diálogo e soluções para evitar uma eventual quebradeira dos negócios. Ao todo, conforme o presidente da entidade, Rodolphe Trindade, 9 mil pessoas ligadas ao segmento foram demitidas nesse intervalo no Estado.

O empresário afirma que solicitação de Camilo para baixar as portas foi aceita pelos representantes dos estabelecimentos comerciais. Mas, ao procurar o chefe do Executivo estadual para viabilizar alternativas para socorrer os empreendimentos, o empresário espantou-se com o novo posicionamento do petista.

“O anúncio do governador foi deplorável. Da mesma forma que ele pediu pra gente, nós pedimos que contribua com medidas econômicas. Quer dizer que a nossa pressão não vale? Só a dele? Tem que haver diálogo. E esse diálogo faltou”, ressaltou. Mais cedo, o governador havia declarado em seu Facebook: “Governo Federal e grandes empresas devem estar juntos ao Governo do Estado na busca das saídas. Mas não agirei mediante pressão de setor A ou B”.

Segundo Rodolphe, as alternativas foram apresentadas nas semana passada a Camilo. No entanto, até o momento, não houve sinalização do Governo do Estado. “Ninguém está pedindo para não pagar, mas sim adiar. A perda de emprego é péssima para todos. É menos gente consumindo, gente desempregada. Há mais de uma semana estamos confinados, sem abrir as portas”, dispara.

Dentre os pleitos estão o adiantamento temporário no pagamento de todos os impostos estaduais, sem multa ou juros, por 120 dias, e parcelamento posterior pelo mesmo prazo, para todas as empresas do segmento. Também no raio de pedidos está a suspensão de qualquer ação fiscalizatória por 120 dias e do corte de água pela Cagece para inadimplentes pelo mesmo prazo.

Outras solicitações são o retorno da base percentual de cálculo de ICMS para empresas do regime normal de 2,12% e adiantamento por 120 dias e parcelamento posterior pelo mesmo prazo. Além de antecipar todos os feriados estaduais a partir do dia 23 de março do ano calendário 2020 e a suspensão do vencimento de todas as dívidas e parcelamentos de tributos estaduais enquanto durar a pandemia do COVID-19.

Delivery
O empresário também declarou que por mais que bares e restaurantes continuem operando via delivery, a situação não é das melhores. “As mídias mostram que o delivery está aumentando, mas como alguém vai pedir uma pizza ou sushi com o último salário que receberam? Todos seguem preocupados com o emprego. Nós seguimos preocupados em perder nossas equipes. A enxurrada de demissões vai ser prejudicial não somente para os empregados, mas também para os empregadores”, finalizou.

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