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A necessidade de qualificação para o empreendedorismo. Por Tadeu Oliveira

Tadeu Oliveira é empresário e odontólogo. Foto: Divulgação

O empreendedorismo nunca esteve tão em alta no Brasil, diante dos desafios impostos pelo contexto econômico. Especialmente em razão do crescimento das taxas de desemprego, a abertura de novos negócios é a principal alternativa encontrada por muitos profissionais para se manterem ativos no mercado de trabalho. Trata-se do chamado empreendedorismo por necessidade, em oposição àquele que ocorre em razão de uma oportunidade, que pressupõe um planejamento e uma observação de mercado bem mais detalhados.

No Ceará, um dos reflexos dessa realidade é o crescimento do número de Microempreendedores Individuais (MEI) em 2021. De acordo com informações da Junta Comercial do Ceará (Jucec), nos dez primeiros meses deste ano foram registradas 79.296 empresas do tipo, o que representa 84% do total de novos negócios. O segmento que mais ganhou espaço no Estado é o de lanchonetes e similares, que exerce forte atração de profissionais de diversas áreas, com 56,7 mil aberturas, entre janeiro e o final de outubro.

Investir tempo e recursos financeiros em um empreendimento pode trazer bons resultados, desde que sejam levados em conta os aspectos de capacitação e de qualificação daquele que estará à frente do negócio e, consequentemente, de seus colaboradores. E quanto mais cedo isso ocorrer, de forma orientada, melhor.

Por isso, faz-se necessário o incentivo do poder público a ações que despertem o talento empreendedor nos estudantes, a exemplo do Programa Estadual de Educação Empreendedora e Inovadora, projeto de minha autoria, que virou lei. A iniciativa tornou a disciplina de empreendedorismo uma atividade complementar no Ensino Médio nas escolas públicas do Estado do Ceará. Por meio de aulas, palestras, dinâmicas e visitas, contando com o apoio de instituições parceiras e conveniadas, o programa pretende revelar potencialidades e abrir novos caminhos profissionais para os jovens cearenses.

Dessa forma, estar bem preparado para montar o próprio negócio e garantir que exista uma estrutura sólida para o crescimento da empresa – associado ao estabelecimento de linhas de crédito, à simplificação do processo de abertura e o acesso a ferramentas de gestão eficientes – são condições imprescindíveis para a longevidade de qualquer empreendimento.

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