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A advocacia disruptiva do século XXI, por Frederico Cortez

Frederico Cortez, é advogado, especialista em direito empresarial. Sócio do escritório Cortez&Gonçalves Advogados Associados. Consultor jurídico e articulista do Focus.jor.

Por Frederico Cortez
cortez@focus.jor.br
A Constituição Federal de 1988 elenca em seu artigo 133 que o “advogado é indispensável à administração da justiça”. Passados trinta anos deste postulado constitucional, o mundo se transformou e junto com ele a advocacia veio a reboque. Termos como “cloud”, “IA”, “metadados”, “startup”, “network”,“blockchain”, “summit”, “IoT” e outros, mixaram-se com os já conhecidos “data venia”, “pela ordem”, “excelência”, “doravante”, “juris et de jure”, “juízo ad quem” e demais já existentes no vocabulário jurídico tradicional. Sim, lhes apresento a advocacia disruptiva.
Inconteste que o País sobressai aos demais, no que tange ao número de faculdades de direito e de advogados inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil. Atualmente, já somos mais de 1 milhão de profissionais do direito em atividade. Críticas asseveram que o desenfrear de autorizações de faculdade de direito está levando a categoria ao colapso, em razão da numerosa oferta de serviços advocatícios no mercado.
De certa forma, essa explosão de cursos de direito espalhados pelos quatros cantos do País, deve-se a toda liturgia que envolve a advocacia. Inegável que há uma atração de poder atrelado ao advogado, seja por conhecimento da lei, pouco ou muito, ou pelo seu poder de persuasão. No entanto, o mercado requer o profissional com visão holística. Mas isso não significa que deve o advogado atuar em todas as áreas (impossível, também!), mas estar com o radar ligar sobre o novo.
O advogado do século XXI rompeu com as velhas tradições e costumes e impôs uma nova roupagem de atuação. O lugar desse profissional agora não é só mais em seu escritório e sim, em seminários, congressos, palestras, trocando conhecimento com profissionais de outras áreas. Então, sugiro para esse profissional que pratique uma comunicação clara, leve, sem o peso e pressão do juridiquês. Deixemos essa nuance (juridiquês) da advocacia para as peças processuais, audiências e sustentações orais, e sem exageros aqui também.
Destaque-se que o próprio poder judiciário está saindo de sua bolha e inovando, com a implementação de sistemas digitais que permite o advogado peticionar de outro país, a qualquer hora que for. A inteligência artificial (IA) já está em uso em diversos tribunais de justiça, como também vem sendo um grande apoiador para vários escritórios advocatícios.
O advogado do século passado está em extinção, condenado ao esquecimento e fadado ao insucesso. O mundo mudou, está mudando e não vai ficar estagnado. No mesmo passo, caminha a nova advocacia. Feliz dia do (a) advogado (a)!
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