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A “adaptabilidade” do advogado, por Andrei Aguiar

Andrei Aguiar Sócio do Escritório Aguiar Advogados, vice-presidente do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados -CESA/Ceará.

Por Andrei Aguiar
Post convidado

Na simbólica data de 11 de agosto, referência ao dia da criação dos dois primeiros cursos de direito do nosso país (11 de agosto de 1827), celebramos o dia do advogado, profissional incumbido de defender os interesses mais complexos e diversos da sociedade, em busca de justiça.

A advocacia definitivamente exige uma multiplicidade de habilidades dos profissionais que a exercem. Como um verdadeiro artesão das normas jurídicas, ao advogado cabe a difícil tarefa de construir teses, não só que representem os direitos dos seus constituintes, mas sobretudo que os transformem em uma concretização do que, de fato, é justo.

A sensibilidade no atendimento ao cliente, a aptidão para escolha da melhor maneira de resolver o conflito trazido ao seu conhecimento, a escrita clara e direta, a capacidade de expor seus argumentos e de intervir de forma precisa e tempestiva nas audiências e nas sustentações orais, a habilidade para negociação de honorários e a desenvoltura para gestão são algumas das qualidades exigidas para aquele profissional que resolve empreender na advocacia.

Além disso, a necessidade de qualificação constante, potencializada pela abertura desmedida de cursos de direito, que lança ao mercado profissionais ainda não preparados para o ofício; bem como as constantes inovações tecnológicas aplicadas ao segmento jurídico, passando pelo desrespeito constante às suas prerrogativas são alguns dos obstáculos que necessitam de um olhar institucional ainda pouco visto no âmbito local, a fim de que o advogado não seja lançado à sua própria sorte, em uma verdadeira ¨seleção natural¨ Darwiniana.

Inobstante a isso, a arte de se adaptar aos diversos obstáculos tem estado mais presente do que nunca na vida do advogado em 2020, ano em que uma inesperada pandemia causada pelo novo coronavírus acometeu a sociedade, em proporções nunca vistas na recente história mundial, trazendo a reboque audiências e sustentações orais virtuais, reuniões por videoconferência, home office, suspensão de prazos, tendo como pano de fundo uma grave crise econômica.

As lições daqueles que pavimentaram o caminho para o fortalecimento do exercício da profissão, como Sobral Pinto, Rui Barbosa, Raimundo Faoro e tantos outros grandes advogados nos indicam que, como sempre, os obstáculos serão superados através da galhardia e resiliência da classe.

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